Jogos educacionais: neurociência e aprendizagem

Autores

  • Poliana Aparecida Gomes Dias

Resumo

Com a inserção da tecnologia no contexto escolar, as abordagens pedagógicas tradicionais, que eram consideradas adequadas, já não são suficientes para a construção de uma aprendizagem significativa. Por isso, novas abordagens, que se preocupem com o aprendizado do aluno, são necessárias. Com as pesquisas da área da neurociência, teorias baseadas nos processos cerebrais envolvidos na aprendizagem podem inspirar objetivos e estratégias educacionais. Algumas estratégias simples, como o uso de músicas contextualizadas, momentos de reflexão, aulas práticas, colocam o aluno como protagonista do aprendizado. Nesse trabalho, destacamos como os jogos educacionais podem contribuir para um processo de ensino-aprendizagem mais significativo, com base na bibliografia de autores da área da neurociência e educação.

Palavras-chave: neurociência; estratégias de ensino; aprendizagem significativa; jogos educacionais.

Abstract 

With the insertion of technology in the school context, the traditional pedagogical approaches used, which were considered adequate, are no longer sufficient to construct significant learning in the teaching-learning process. Thus, new pedagogical approaches that are concerned with student learning are needed. With research in the area of ​​Neuroscience, theories based on brain processes involved in learning can inspire educational goals and strategies. Some simple strategies, such as the use of contextualized music, moments of reflection, practical classes, place the student as the protagonist of the learning process. In this work, we highlight how educational games can contribute to a more significant teaching and learning process, based on the bibliography of authors in the field of neuroscience and education.

Keywords: neuroscience; teaching strategies; meaningful-learning; educational games.

Resumen

Con la inserción de la tecnología en el contexto escolar, los enfoques pedagógicos tradicionales, que se consideraban adecuados, ya no son suficientes para la construcción de aprendizajes significativos. Por lo tanto, se necesitan nuevos enfoques, que se preocupen por el aprendizaje de los estudiantes. Con la investigación en el campo de la neurociencia, las teorías basadas en los procesos cerebrales involucrados en el aprendizaje pueden inspirar metas y estrategias educativas. Algunas estrategias sencillas, como el uso de música contextualizada, momentos de reflexión, clases prácticas, ponen al alumno como protagonista del aprendizaje. En este trabajo destacamos cómo los juegos educativos pueden contribuir para un proceso de enseñanza-aprendizaje más significativo, a partir de bibliografía de autores en el campo de la neurociencia y la educación.

Palabras-clave: neurociencia; estrategias de enseñanza; aprendizaje significativo; juegos educativos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Poliana Aparecida Gomes Dias

Mestranda em Educação. Programa de Pós-graduação em Educação e Inclusão Social, FaE, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Referências

ARCANJO, A. Educação Inclusiva: uma proposta neuroeducativa. 2013. 85 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013.

AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Paralelo, 2002.

BARTOSZECK, A. Neurociência na Educação. [s. d.]. Disponível em: https://nead.ucs.br/pos_graduacao/Members/419745-30/artigo%20neurociencias%20e%20educacao.pdf. Acesso em: 20 maio 2021.

BARTOSZECK, A. B.; BARTOSZECK, F. K. Neurociência dos seis primeiros anos-implicações educacionais. [s. d.]. Disponível em: https://educacao.mppr.mp.br/arquivos/File/projeto_estrategico/argumentos_neurologicos_neurociencia_6_prim_anos_bartoszeck.pdf. Acesso em: 20 maio 2021.

BASTOS, L.; ALVES, M. As influências de Vygotsky e Luria à neurociência contemporânea e à compreensão do processo de aprendizagem. Revista Práxis, Volta Redonda – RJ, v. 5, n. 10, 2013.

BECKER, Fernando. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83, p. 7-15, abr./jun. 1992.

BRENELLI, Rosely Palermo. O jogo como espaço para pensar. A construção de noções lógicas e aritméticas. Campinas – SP: Papirus, 1996.

CAMPELO, M.P.S. et al. As contribuições da neuroeducação para a aprimoramento e resolução de problemas de aprendizagem. Id on Line Rev. Mult. Psic., Jaboatão dos Guararapes – PE, v. 14, n. 53, p. 120-137, dez.2020. ISSN 1981-1179.

CASTRO, A. (re)Definição de modos de trabalho pedagógico e estratégias de ensino a partir dos conhecimentos e práticas da neuroeducação. 2018. 98 f. Dissertação (Mestrado em Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e de Português e de História e Geografia de Portugal no 2º Ciclo do Ensino Básico) - Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, Porto - Pt, 2018.

CONSENZA, Ramon M.; GUERRA B. Leonor. Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.

FERRARI, E. A. M.; TOYODA, M. S. S.; FALEIROS, L.; CERUTTI, S. M. Plasticidade neural: relações com o comportamento e abordagens experimentais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 187-194, maio/ago. 2001.

GONÇALVES, D.; PINTO, M. (Re)Pensar estratégias pedagógicas a partir de sinergias entre a neuroeducação e a supervisão pedagógica. In: MESQUITA, C.; PIRES, M.V., M.; LOPES, R. P. (ed.). Livro de Atas do 1.º Encontro Internacional de Formação na Docência, INCTE 2016. Bragança: Instituto Politécnico, 2016. p. 592-599. ISBN 978-972-745-206-4.

GUERRA, L. O diálogo entre a neurociência e a educação: da euforia aos desafios e possibilidades. Revista Interlocução, Belo Horizonte, v. 4, n. 4, 2011.

JUNIOR, C. Neuroeducação e práticas pedagógicas dos professores de escolas públicas das séries finais do ensino fundamental em ensino de ciências. 2016. 123 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências na Amazonia) – Escola Normal Superior, Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, 2016.

KEIDANN, G. Utilização de mapas mentais na inclusão digital. In: EDUCOM SUL, 2., 2013, Ijuí-RS. Anais [...]. Ijuí: UFSM, 2013.

KOLB, B.; WHISHAW, I.Q. Neurociência do comportamento. São Paulo: Manole, 2002.

MEDEIROS, M.; BEZERRA, E. Contribuições das neurociências à compreensão da aprendizagem significativa. Revista Diálogos, [s. l.], n. 10, nov. 2013.

MIZUKAMI, M. da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U., 1986.

MORAN, J.M. Ensino e aprendizagem inovadores com apoio de tecnologias. In: MORAN, J.M.; MASETTO, M.T.; BEHRENS, M.A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas-SP: Papirus, 2013.

MOREIRA, M. Mapas conceituais e a aprendizagem significativa. Textos de Apoio ao Professor de Física, Porto Alegre, v. 24, n. 6, 2013. ISSN 1807-2763.

OLIVEIRA, C. Jogos no ensino da ciência e a neuroeducação na educação básica. 2015. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Mídias na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.

PARENTÉ, R. Retraining Cognition: techniques and applications. Maryland: Aspen Publishers, 1996.

PRENSKY, M. Digital Game-Based Learning. New York: Paragon House, 2007.

RAMOS, D. K. Jogos cognitivos eletrônicos: contribuições à aprendizagem no contexto escolar. Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, v. 18, p. 19-32, 2013.

RAMOS, D.; LORENSET, C.; PETRI, G. Jogos educacionais: contribuições da neurociência à aprendizagem. Revista X, Curitiba, v. 2, 2016.

ROCHA, C.; SPOHR, C. O uso de mapas conceituais como instrumento didático para identificar indícios de aprendizagem significativa em diferentes níveis de ensino. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 21, n. 3, dez. 2016.

SANTAELLA, L.; FEITOSA, M. (org.). Mapa do jogo. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

SPRENGER, M. Memória: como ensinar para o aluno lembrar. Porto Alegre: Artmed, 2008.

TAVARES, R. Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, v. 12, 2007.

TEZANI, T. C. R. O jogo e os processos de aprendizagem e desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 1-16, 2006.

THOMPSON, J.; BERBANK-GREEN, B.; CUSWORTH, N. Game Design: Principles, Practice, and Techniques - The Ultimate Guide for the Aspiring Game Designer. London: Wiley, 2007.

VIANA, O. A. Conhecimentos prévios e organização de material potencialmente significativo para a aprendizagem da geometria espacial. Ciências e Cognição, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 15-36, 2011. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/viewFile/698/506. Aceso em: 20 maio 2021.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

WANGENHEIM, C. G.; WANGENHEIM, A. Ensinando computação com jogos. Florianópolis -SC: Bookess Editora, 2012.

Downloads

Publicado

2021-11-29