FERRITINA E TELOMERASE COMO MARCADORES TUMORAIS

Autores

  • Arianne Jung Kluck
  • Gabriela Strapação
  • Kayse Mayara Leal
  • Laiane Fernandes
  • Mayara Amorim

Resumo

Marcadores tumorais ou biológicos são macromoléculas que, na maioria das vezes são proteínas ou pedaço delas, isto inclui proteínas citoplasmáticas, antígenos de superfície celular, enzimas e hormônios presentes em tumores, sangue e nos demais líquidos biológicos; isto acontece na presença de crescimento ou alteração de células neoplásicas. Os marcadores tumorais são mais utilizados na triagem em casos específicos, como em grupos de alto risco; diagnóstico diferencial; avaliação prognóstica da doença; monitoramento, tratamento oncológico e também auxilia no desenvolvimento de novas modalidades de tratamento. Podem ser caracterizados ou quantificados por meios bioquímicos ou imunoistoquímicos nos tecidos ou no sangue, e por testes genéticos para pesquisas de oncogênese, genes supressores de tumores e alterações genéticas. Entre os marcadores tumorais está a telomerase, um complexo enzimático ribonucleoprotéico, que atua na replicação do DNA telomérico durante a fase S e mantém a estrutura da sequencia telomérica, promovendo a formação de proteínas que protegem as extremidades dos cromossomos. Outro marcador tumoral é a ferritina, que se caracteriza por um complexo protéico hidrossolúvel de ferro de peso molecular 465.000, constituído de uma esfera proteica externa, a apoferritina. O presente artigo tem como objetivo relatar, através de um levantamento bibliográfico, a atuação da ferritina e da telomerase como marcadores tumorais no diagnóstico laboratorial. O uso da ferritina para indicar um prognóstico está sendo muito usado, pois quando o nível aumenta o prognóstico é pior especialmente em doenças tardias, onde são usados para acompanhar o tratamento de neoplasias, pois quando o valor retorna ao normal é visto que o tratamento está apresentando efeitos positivos. O método de analise da ferritina é quantitativo, feita a partir do soro de um paciente, sendo um teste imunológico turbidimétrico, para o uso de diagnostico in vitro. Determina o ponto final da concentração da ferritina, pela fotometria da reação antígeno-anticorpo, entre partículas de látex marcadas com anticorpo anti-ferritina e ferritina presente na amostra. A concentração de ferritina na amostra é proporcional à aglutinação obtida, que é medida por turbidimetria. O aparecimento de células malignas pode ser expresso por níveis alterados da telomerase, onde sua avaliação está apresentando elevada importância já que em 80% dos casos é possível usa-la para auxiliar no diagnóstico do câncer. Essa metodologia baseada na identificação está sendo muito usada para avaliar casos de câncer de bexiga, pois essa proteína apresenta baixa expressão de células eucarióticas normais e sua presença é independente do estágio ou do grau do tumor vesical, neoplasias do trato biliar, pulmão, cérebro e com especificidade de 93% para o diagnóstico e prognóstico de câncer de mama. A determinação da tolomerase é feita a partir da PCR, utilizando indicadores específicos no RNAm no gene ativador da tolomerase, podendo verificar o grau de expressão pela quantidade de RNAm presente, sendo esta uma avaliação proporcional. Outro método que pode ser usado é o TRAP, (ensaio do protocolo da amplificação repetida da telomerase), e as variações desse ensaio são os métodos mais comumente para o monitoramento da atividade telomerase. Pode-se concluir, com base na revisão bibliográfica realizada, que os marcadores tumorais devem ser utilizados como diagnóstico apenas quando associados a outros exames. Entretanto, de forma geral, os marcadores tumorais podem auxiliar no acompanhamento do câncer e também podem ajudar o médico a planejar o tratamento apropriado, dado que em alguns tipos de câncer os níveis dos marcadores tumorais refletem o estágio da doença e/ou o prognóstico do paciente.

 

Palavras-chave: diagnóstico laboratorial; ferritina; marcadores tumorais; telomera

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Publicado

2019-05-06

Edição

Seção

Editorial